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ESCOLHAS

 

          Meu nome é Stephen, Stephen William Hawking. Nasci em Oxford na Inglaterra e sempre fui interessado por ciência. Desde a minha juventude, achava a ciência a coisa mais interessante do mundo. Em 1959, entrei na Universidade em Oxford, aos 17 anos, onde me aprofundei mais em ciência e física. Para ser mais específico, eu sempre desejei entender como o universo funcionava. Meu objetivo sempre foi simples, porém, desafiador. É a compreensão completa do universo, por que ele é assim e por que existe.

          No primeiro ano de estudo conheci uma garota chamada Jane. No começo era uma simples amizade, mas nossa proximidade e carinho fez com que a gente descobrisse novos sentimentos. Comecei a me apegar por ela. Ela sempre estava por perto me dando atenção, carinho e até amor. Com o passar do tempo, naquele mesmo ano, a pedi em namoro, pois eu já tinha certeza dos meus sentimentos por ela, e já não me imaginava sem a sua companhia.

Alguns dias depois, eu estava me sentindo mal, andando meio desorientado e a tropeçar caminhando. Decidi ir ao médico ver o que eu tinha, e a notícia foi a pior possível - uma doença que não tinha cura. Isso abalou as duas coisas que eu mais queria e amava no mundo: entender os segredos do universo e ficar ao lado de Jane.

          Era uma doença chamada Esclerose Lateral Amiotrófica. Essa doença com o tempo iria restringir todos os meus músculos, e eu iria ficar sem poder mexer nada em meu corpo. O médico me deu 3 anos de vida, pois essa doença não tinha cura.

Ao chegar em casa, comecei a pensar sobre o que falar a Jane. Eu só pensava em não magoá-la, pois, com o tempo, eu não iria poder nem sequer caminhar ao seu lado, nem tocar nela, pois eu não iria ter movimento algum. Iria precisar de ajuda em qualquer coisa que eu fosse fazer, e essa não era a vida que eu queria dar a ela.

          Após alguns dias de repouso, voltei à minha rotina normal, mas já tendo que lidar com as dificuldades da doença, mas com uma dúvida que me angustiva: focar o resto de meus dias em Jane, que com o tempo isso só iria causar problemas à vida dela, pois iria ter que cuidar de mim, fazendo-a sofrer me vendo morrer ao poucos sem poder fazer nada, ou focar em meu desejo de descobrir os segredos do universo, já que a única coisa que iria sobrar de mim seria minha mente, pois ela ficaria intacta até os meus últimos dias? Aquela era a decisão mais difícil de toda a minha vida. O que eu deveria fazer ?

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