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Talvez naquele baú houvesse ouro e jóias

Na verdade, naquele baú, apesar de não existir ouro de verdade, podia ser tranquilamente chamado de baú de ouro ou de baú da felicidade, pois foi através dele que a família de seu Jonas conheceu parte do mundo (alguns lugares, presencialmente, outros, na imaginação); sempre vivenciou momentos mágicos, de felicidade e de deleite; e que seus filhos tiveram a vida transformada para sempre.

Na família de Seu Jonas, durante as primeiras gerações, havia uma tradição entre seus membros. A tradição dizia que, quando o patriarca morresse, a principal herança que ele deixaria para seu filho mais velho seria um baú, e, que essa tradição deveria ser perpetuada por todas as gerações.

No baú que Seu Jonas herdara, havia uma grande riqueza em livros. Livros de todos os tipos e assuntos, uns mais raros do que outros. Livros com conhecimentos da humanidade. Através desse baú, a família de Seu Jonas pôde ser culturalmente superior a todas as pessoas de Esperança. Com acesso a livros dos mais diversos, Seu Jonas e Dona Rita puderam educar seus dois filhos com o que havia de melhor nos livros, e eles, souberam aproveitar bem todo o conhecimento que tinham à disposição para se tornarem profissionais brilhantes.

Assim, com todo o conhecimento adquirido nos livros, os filhos de Seu Jonas também se tornaram pessoas de boas condições financeiras desde cedo, podendo ajudar os pais a terem uma vida sem dificuldades.

O que as pessoas da vila onde Seu Jonas morava não tinham ideia é que os livros são jóias raras, que transformam vidas, pois, para quem sabe fazer bom usufruto, eles se transformam em barras de ouro que não acabam nunca.

O interessante é que os dois filhos de Seu Jonas, seguindo a tradição da família, desde que se formaram, construíram seu próprio baú, onde foram colocando, ao longo dos anos, os livros mais importantes de suas vidas, resguardando para seus filhos, um tesouro ainda maior.

Autor: José Batista de Souza

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